quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Coraline, o stop-motion film mais estranho de sempre


Quem o diz é Neil Gaiman, o autor premiado de "Coraline", cujo livro está agora a ser adaptado para um filme 3D em stop-motion.

Em entrevista exclusiva à Wired.com, Gaiman disse que o filme Coraline "É o maior, mais estranho, expressivo, peculiar, e longo filme em stop-motion que alguma vez foi realizado. Tudo é criado à mão." O filme está a ser realizado por Henry Selick, que trabalhou com Tim Burton em "Nightmare Before Christmas", e prevê-se que estreie em Fevereiro de 2009.

Neste vídeo, Gaiman fala do seu envolvimento com o filme e da sua atitude perante a interpretação dos outros sobre a sua obra. Por exemplo, o livro e o filme diferem ligeiramente - foi criada um nova personagem para o filme - para que "Coraline não passasse o filme todo a falar sozinha nos corredores".

"Coraline" já havia sido adaptado para graphic novel com ilustração de
P. Craig Russel. Um musical e um jogo de vídeo também já estão a caminho.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Bandas e identidade visual

Do conjunto lábios-língua dos Rolling Stones, de 1970, ao alfinete de diamantes de Jennifer Lopez, em 2001, passando pelo duplo "S" dos Kiss, de 1974, o livro "Band Id" passa a pente fino as melhores criações de identidade gráfica para artistas do mundo da música.

O "Band Id" é uma inspiração para os designers preocupados com a identidade visual. Aqui podemos encontrar as criações gráficas de mais de 1000 bandas, distribuídas em 12 categorias: Rock / Hair Bands / Heavy / Extra Heavy / Punk / Alternative / Pop / Hip Hop / R & B / Country / Electronic e Reggae.

Este livro é editado pela Chronicle Books, tem 420 páginas e no site é possível descarregar algumas páginas do livro em pdf.




terça-feira, 25 de novembro de 2008

Os olhos também comem

Com oito séculos de tradição no Japão, os bentō, são uma espécie de pequena marmita ou lancheira (e, mais recentemente, caixa de take away) onde se coloca uma refeição. Os bentō fazem parte da identidade culinária do país, tanto como o sushi, e são cada vez mais famosos pelo facto de a comida ser colocada de uma forma bastante criativa.

De forma a tornar a refeição visualmente mais atractiva, como se fosse produto e embalagem em simultâneo, os alimentos são colocados de forma artística: evoluindo de composições cromáticas e geométricas a personagens de desenhos animados, manga, jogos de vídeo ou estrelas de cinema.


No livro "Face Food: The Visual Creativity of Japanese Bento Boxes" podemos ver excelentes exemplos. O designer Christopher D. Salyers, autor do livro, documenta um fenómeno japonês: a transformação diária do arroz, algas, cogumelos, tofu, etc. em objectos artísticos comestíveis, em forma de uma Cinderela ou de um Pikachu.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Carpe Noctem!

Esta deveria ser a saudação de quem gosta de viver à noite... Talvez com o mesmo espírito, Frank Lämmer compilou, em mais de 140 páginas (e em DVD), os trabalhos de treze artistas de rua que em comum têm as suas intervenções artísticas, de cariz político e social, em espaços públicos.

No livro "We Come At Night" estão fotos comentadas dos trabalhos de
Akim One Machine, Blu, Brom, Dr. Innocent, JR, Kami & Sasu, Mare 139, Mr. Horse, Nina, Nixfitti, Os Gemeos, Zasd e Zevs. A acompanhar, vem um documentário em DVD de Volker Sattel e Mario Mentrup sobre o projecto Outsides iniciado pela Red Bull, com os mesmos artistas.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Os cartazes dos filmes pós-WWII

Este livro foi-me sugerido por email. O "Art of the Modern Movie Poster" é uma compilação ilustrada de mais de mil e quinhentos posters de filmes, do pós-Segunda Guerra Mundial, e que abrange 15 países. É sobretudo para os apreciadores de posters de cinema, designers e coleccionadores.

Os cartazes são organizados por país de origem e foram reunidos a partir da colecção da Posterati Gallery, em Nova Iorque, uma das maiores coleccionadoras de cartazes de cinema a nível internacional. Para além de uma boa compilação e amostra do cinema e da arte gráfica popular na era moderna, o "Art of the Modern Movie Poster" inclui trabalhos de alguns designers influentes como o polaco
Roman Cieślewicz, o italiano Ercole Brini, o alemão Hans Hillman e o americano Saul Bass.

Um dos aspectos provavelmente mais interessantes: ao longo do livro há momentos com comparações de posters do mesmo filme, representados por diferentes designers em vários países.

"Art of the Modern Movie Poster" é criado por Judith Salavetz e Spencer Drate, já conhecidos das edições de "Motion by Design" e de "Independent Movie Poster Book"; Sam Sarowitz, autor de "Translating Hollywood. The World of Movie Posters"; e de Dave Kehr, autor do "Italian Film Posters 1915-1965".

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Mucha: sedução, modernidade e utopia

Três palavras que resumem, e bem!, a obra de Alphonse Mucha (1860-1937), o artista checo considerado um dos pais da Art Nouveau, precursor do design gráfico e da moderna publicidade.

A mais completa exposição sobre Mucha, através da
Mucha Foundation, encontra-se agora em Barcelona (e pela primeira vez na Península Ibérica), na Caixa Forum, e pode ser visitada gratuitamente até 4 de Janeiro de 2009.

Esta exposição segue fielmente todo o percurso artístico de Mucha e tem em especial atenção os seus trabalhos gráficos em determinadas áreas. No Teatro, a transfiguração da realidade e a utilização da metrópole como cenário são os temas condutores. A sua interpretação de Beleza é apresentada através de vários cartazes e pinturas, onde a mulher é vista como musa e ícone, e a fotografia como uma arte.

As duas outras grandes áreas da exposição são reservadas ao Mistério e à Modernidade. Na primeira, o encontro entre o ideal e o sonho é elevado ao máximo na série de 11 pinturas "A Epopeia Eslava". Na segunda, o trabalho de Mucha é enquadrado na génese da publicidade (design, packaging e até merchandising) e a importância do seu estilo inovador na difusão do "estilo Mucha" que dura ainda hoje.

Foto: Embalagem para o champanhe Moët & Chandon, especial Cremant Imperial, por Alphonse Mucha (1899).